Na noite do passado dia 03 de agosto, na RTP2, foi transmitida a ópera de câmara LA MECCANICA DEL COLORE, cujo libreto é da minha autoria, estreia em Portugal e nas televisões, depois de subir ao palco na Bienal de Veneza de 2019. Esta ópera, recordo, foi a primeira de Portugal a conquistar o interesse do Festival Internacional de Música Contemporânea que tem lugar na Bienal, sendo que em 2019 estava na sua 63.ª edição. Foi uma experiência de outro mundo: passei várias semanas em Veneza ao longo desse ano pré-pandemia, aperfeiçoando o texto e colaborando na sua conversão em gestos, canto e Música. A composição é de Nuno Costa, que compreendeu o que eu escrevi e elevou a um estado inédito para qualquer texto que eu criei – ao da ópera.
Para os que perderam a oportunidade, assistam à ópera aqui (RTP Play): Óhttps://www.rtp.pt/play/p15321/la-meccanica-del-colorePERA.
Esta transmissão foi acompanhada do Documentário de cerca de 20 minutos, no qual eu e o Nuno exploramos o processo de criação e de preparação para a estreia. Aqui (RTP Play): DOCUMENTÁRIO.
Como preparação para a transmissão no dia 03 de agosto da estreia da ópera LA MECCANICA DEL COLORE, fui aos estúdios da RTP falar um pouco da experiência, como verdadeiro teaser tanto da obra em si como do Documentário que vai acompanhar essa transmissão! Volvidos quase seis anos, tive oportunidade de reviver essa experiência maravilhosa, tanto perante terceiros como em conversa com o compositor Nuno Costa. Costuma ser conhecido o compositor, mas nem tanto o libretista: tanto a Bienal de Veneza como este documentário, bem como a entrevista de 27 de julho, contrariam essa ideia!
Ao minuto 15:40 :
Voltei a escrever em inglês, desta vez por ocasião do aniversário do The Brodom Vault, do Bruno Martins Soares. Podem consultar a minha micro-ficção e a escrita por vários autores portugueses bem criativos AQUI.
Aqui há uns meses o meu amigo Luís Filipe Silva partilhou uma descoberta interessante: um artigo de opinião sobre ficção científica e fantasia em Portugal, pela pena de Víctor Martínez-Gil, Professor e Escritor catalão, com o título “La ciència-ficció portuguesa: l’esforç d’una continuïtat i la creació d’una identitat [per Víctor Martínez-Gil]“, seguido pela deixa – que traduzo livremente, “Muito mais do que Saramago! A literatura fantástica portuguesa tem uma tradição rica e variada que se foi consolidando ao longo do tempo.” Interessante a profundidade do estudo desenvolvido, por alguém além-fronteiras, mencionando nomes mais e menos conhecidos com à vontade. Lá pelo meio há menção à fantasia pura… dando como exemplos Filipe Faria e Madalena Santos :D
Para ler AQUI. Eu sei, eu sei, não dominas catalão (tu e parte dos Espanhóis!), mas aposto que consegue decifrar este texto, à bom Português!
E se, no início do século passado, a Monarquia do Norte tivesse prevalecido? E o conflito com a República a sul perdurasse, cortando relações comerciais dentro do nosso próprio país? Com estas questões contribuí para a enciclopédia colaborativa HYP de História Alternativa (ECAH) da Universidade do Porto… e eis o meu pequeno devaneio em cinco línguas! Devaneio intitulado «Impossibilidade de aquisição de limões do Algarve aumenta o consumo de sopa de couves e nabiças», notícia publicada na Real Gazeta Invicta a 03 de fevereiro de 1919.
Clica AQUI ou na imagem para ler o texto.
Cito a explicação do que é este projeto: “A enciclopédia colaborativa HYP de História Alternativa (ECAH), disponível online e de acesso aberto, convida todos a participarem como coautores de um romance coletivo em mosaico. Dentro do universo ficcional Winepunk (mais informação na cronologia), todos são convidados a escrever e a enviar textos originais de «entradas enciclopédicas», sem limite de submissões, da nano à micro história, na forma de crónica, obituário, notícia ou pura ficção, em qualquer um dos cinco idiomas do projeto HYP: português, inglês, francês, espanhol e galego.
Estas «entradas enciclopédicas» serão alvo de análise curatorial, para garantir o cumprimento das diretrizes de submissão do autor e da estrutura do projeto, e traduzidas em pelo menos um dos outros idiomas do projeto, e publicadas na ECAH, sob licença Creative Commons (mais informação aqui), para divulgação dos autores, o seu trabalho e o projeto HYP, a nível regional, nacional, europeu e global. Além disso, serão cruzadas, através de temas, formando uma verdadeira narrativa coletiva.”
Qualquer pessoa pode contribuir. O projeto ainda terá versão áudio.